O CENTRO ESPÍRITA CRISTÃO

O CENTRO ESPÍRITA CRISTÃO
FUNDADO EM 9 DE AGOSTO DE 1941

DECLARADO DE UTILIDADE PÚBLICA - LEI Nº 314 DE 2 DE AGOSTO DE 1961

Em 9 de agosto de 1941, num salão à Rua Winifrida nº 3, anexo à residência do Sr. Manoel Trigo, o movimento religioso de Barra Bonita é acrescido com a fundação do Centro Espírita Cristão, de orientação Kardecista. Seus fundadores: Manoel Trigo (Presidente) e os demais membros, Augusto Bombonatto, Benedito Hilário, Luiza Fuentes, Arthur Bretas, Alba Trigo e Joaquim Soares iniciam um trabalho que, ao longo dos anos, haveria de frutificarem exemplos de solidariedade e amor ao próximo: o Centro Espírita Cristão.
Com a mudança do Sr. Manoel Trigo para Agudos, em 1951, a entidade fica sem local para as reuniões, mas D. Luiza Trevisan Fraga (viúva do Sr. Liberato Fraga) cede um salão de sua propriedade à Rua Otero e mais tarde, com o crescimento das atividades do Centro, cede outro maior à Rua Major Pompeu nº 383 (hoje Bradesco).
Em 1º de julho de 1957, o Presidente Augusto Bombonatto com a aprovação dos demais Diretores, adquire do Sr. Mario de Campos Costa um terreno nos altos da Vila Nova, e lança a pedra fundamental do prédio próprio.
Na reunião de 20 de março de 1958, em meio ao entusiasmo das campanhas para construção do prédio próprio, novamente, o Diretor Augusto Bombonatto, surpreende a todos com a possibilidade de se construir em conjunto com o Centro, um abrigo para os velhos desamparados.
A idéia obteve aprovação unânime. Em seguida foram iniciadas as promoções: sorteios, festivais, rifas, campeonatos de futebol, bingos, etc., etc., ganhando novos adeptos e os necessários recursos financeiros para uma obra de tão grande porte. E apenas com a cobertura terminada, no dia 2 de abril de 1965, o Centro Espírita Cristão se muda para as suas instalações definitivas que, a partir de então tinham novo endereço: Rua Prudente de Morais, 1.177.
Em 27 de agosto de 1966 é oficializado o funcionamento do "Lar de Amparo à Velhice e à Infância" anexo ao Centro Espírita Cristão. Ambas as entidades eram presididas pelo senhor Augusto Bombonatto, sendo seus companheiros de Diretoria: Benedito Pires Dias, Irio Collor Bombonatti, Celso Barbosa, Rachel Ratti Battaiola, Álvaro Ferreira, lgnês S. Scarabello, Liberato Teodoro, Elisa Mariano de Pontes e Clodoaldo Moreno Munhoz.
Contudo, só a 23 de dezembro de 1967, terminadas as obras de construção dos amplos dormitórios, salão de refeições, sala de reuniões e trabalhos, copa, cozinha e dependências sanitárias, é que o Centro Espírita e Lar de Amparo à Velhice e à Infância é oficialmente inaugurado pelo Diretor Augusto Bombonatto e o Prefeito Municipal Dr. Clodoaldo Antonangelo. Um verdadeiro presente de Natal para todos aqueles que batalharam pela nobre causa.
As Diretorias e Membros do Centro Espírita foram se modificando com o passar dos anos. Mas... houve alguém que nunca dele se afastou. Ao contrário, sua dedicação para com a obra que havia ajudado a fundar, era tão grande que acabou por incorporar seu próprio nome à entidade mantenedora. E até hoje, sem desmerecer nenhum de seus ex e atuais Diretores e membros, o Lar de Amparo à Velhice do Centro Espírita Cristão, é conhecido popularmente como o Asilo dos Bombonattos", isto porque infundiu em seus filhos e demais familiares o mesmo sentimento de fraternidade que tem como lema o "dar de si, sem pensar em si".
E aos que não conheceram essa extraordinária figura humana, aqui vai como testemunho de respeito e gratidão, em linhas gerais, a biografia desse grande benfeitor:
No início da ano de 1917, veio residir em Barra Bonita um moço que à cidade e aos seus moradores iria dedicar toda uma vida de trabalho e de - principalmente - amor ao próximo. Oriundo de Rio Claro, nascera em Santo Antonio da Figueira, localidade próxima à Dois Córregos. Trabalhava na Companhia Paulista de Estradas de Ferro, em Rio Claro, como serviçal. Os vagões que via partir para Barra Bonita, via Campos Salles, repletos, o fizeram interessar-se por uma cidade onde, como dizia "firmas adquiriam vagões de mercadorias".
Decepcionou-se com a cidade, que julgava ser de maior porte. Mas como não dispunha de meios para voltar, foi trabalhar na oficina de um certo senhor Frederico Herling. Nunca mais deixou Barra Bonita. Em 14 de junho de 1917, casou-se com Esther Bolla e dessa união nasceram onze filhos. Sua atuação no meio social foi sendo notada, à medida que os fatos aconteciam. Durante muitos anos, cuidou do amortalhamento de pessoas. Por ocasião do surto de malária, aqui surgido, em sua oficina de seleiro filas de pessoas esperavam a vez de tomar as injeções de "Palludam".
Passar a noite com doentes que necessitavam de cuidados especiais, fazer massagens, "encanar" braços quebrados, benzer pessoas e até animais, organizar listas de socorro, resgatar afogados no Tietê, para tudo esse gigante de solidariedade humana achava tempo, muitas vezes sacrificando o trabalho de sustentação da família.
Sua mesa de trabalho - era seleiro - vivia repleta de ampolas de injeções já aplicadas, misturadas às suas ferramentas. Certa vez, um garoto pegou uma delas, introduzindo-a em uma das fossas nasais. Aspirando, fez com que ela se aprofundasse e, aterrado, começou a gritar, pois não podia soltá-la mais. Mostrando toda a rapidez de raciocínio de que era dotado, nosso enfocado esfarelou nas mãos um cigarro e fez com que o garoto aspirasse o pó conseguido. Um violento espirro expeliu a ampola, numa "operação" rápida e sem dor.
Esse homem, cujo nome é um marco na história da assistência social em Barra Bonita, aqui se findou em 20 de junho de 1981, aos 86 anos e repousa em nosso campo santo. Havia nascido em 2 de agosto de 1895. Seu nome? Augusto Bombonatto.


Foto do atual Centro Espírita Cristã - Lar de amparo à velhice e à infância

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