O MAIOR PARQUE CERAMISTA DA AMÉRLCA DO SUL

O MAIOR PARQUE CERAMISTA DA AMÉRlCA DO SUL

Esse o nome como ficou conhecida Barra Bonita, na década de 1950, não só pela quantidade de Indústria de telhas e tijolos aqui instaladas, como também pela alta qualidade dos materiais que tinham na capital do Estado nas cidades da Auta-Paulista e nos Estados de Paraná e Mato-Grosso, os maiores mercados de consumo e comércio que ia além das fronteiras do Brasil. Os depositários dos produtos de cerâmica anunciavam: "temos telhas de Barra Bonita" um sucesso de vendas, garantidos pela grande resistência e durabilidade das mesmas.
Vimos nos capítulos "Nasce uma Cidade" e "A lei Áurea e os imigrantes, referências à Rolaria de Telhas em 1880 e aos primeiros olheiros, imigrantes italianos, no final do século XIX e início do século XX. A construção do ramal da Estrada de Ferro Barra Bonita (1929) possibilitou o escoamento mais rápido dos produtos da cerâmica, ampliando as áreas do comércio dos mesmos e expandindo o renome de Barra Bonita como grande parque ceramista. As indústrias se instalavam nas zonas: Urbana e Rural produzindo: tijolos comuns, telhas tipo Francesa, Paulista, Canal, Capa e Comieira. Mais tarde: Manilhas, Ladrilhos, Potes e Vasos Ornamentais.
O Barro (argila) matéria-prima era retirado com picãos; enxadas e pás, das jazidas existentes ao longo das várzeas e áreas inundadas junto ao rio Tietê; transportados em carroças até as Olarias e depositados junto a amassadora movida à tração-animal. O "amassador de barro" era o profissional que preparava matéria-prima para o "prencista". Ambos eram verdadeiros atletas da produção, pois o trabalho exigia grande esforço físico. Na seqüência as moças "lançadoras" empilhavam as telhas colocadas em grades especiais para secagem, após o que vinha as "desbarbadoras", que retiravam a sobras da argila das telhas. O "Rancheiro" enfornava e desenfornava as mesmas . O "Queimador", geralmente o emprenteiro do serviço, era o responsável pelo forno e pelo material, cujo cozimento ou "queima" demorava mais de vinte e quatro horas ininterruptas de fogo a lenha. Os tijolos também eram modelados manualmente pelo "batedor" e "lançadora".
Nos dias atuais, com os avanços da mecanização e automatização, tudo isso funciona com um "simples" apertar de botões ou chaves ligadas a equipamentos elétricos, produzindo vinte e quatro horas por dia.
Houve um decréscimo, o número de ceramistas face à dificuldade de matéria-prima, hoje transportada de outras cidades e regiões. A Indústria Cerâmica, gerou muitos empregos, sustentou muitas famílias trouxe desenvolvimento ao município, mesmo enfrentando crises financeiras e desaquecimento do mercado, sendo, até hoje, um dos mais seguros pilares do progresso de Barra Bonita. A todos os que dela fizeram ou fazem parte - como empregados ou empregadores -, nossas homenagens por mais de um século por relevantes serviços prestados.

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