A IGREJA DE SANTO ANTONIO

A IGREJA DE SANTO ANTONIO
PEDRA FUNDAMENTAL: 20 DE JULHO DE 1958

Os imigrantes italianos aqui chegados desde o fim do século dezenove, trouxeram entre seus usos e costumes, a devoção a Santo Antonio Di Pádova, transmitida de pai para filho. O grande sonho da colônia italiana era a construção de um templo dedicado ao milagroso Santo.
Reunindo crianças, jovens e adultos fundaram a "Irmandade de Santo Antonio", buscando não só difundir sua devoção mas também iniciar na comunidade campanhas e promoções visando alcançar aquele objetivo.
Entretanto somente nos anos 50 o sonho dos "antonianos" começou a se tornar realidade. No dia 20 de julho de 1958 foi lançada a pedra fundamental do majestoso templo, em terreno doado pelo senhor Mário de Campos Costa, na Vila Nova.
O ato contou entre outras, com as presenças ilustres do Bispo Diocesano D. Ruy Serra, do Prefeito Municipal Hermínio de Lima, do Vigário da Paróquia de São José, Padre Lauro Gurgel do Amaral, dos Srs. Mário de Campos Costa (doador do terreno), do Dr. Orlando Lopes que discursou representando os moradores da Vila Nova, devotos e o povo em geral.
Para levar adiante as obras e realizar campanhas objetivando a arrecadação de fundos necessários à vultuosa construção foi constituída a seguinte Diretoria:
Presidente de Honra: Mário de Campos Costa (*)
Presidente: Antonio Fazzio (**)
Vice-Presidente: João Victorino de França
1º Secretário: Luiz Saffi
2º Secretário: Luiz Antonangelo
1º Tesoureiro: Argemiro Ricci
2º Tesoureiro: Ernani Balsi
Com um entusiasmo contagiante, a comunidade da Vila Nova, deu início às promoções que sempre tiveram a adesão não só dos devotos vilanovenses mas de toda a cidade. Doações, livros de ouro, sorteios, campanhas dos tijolos, do cimento, do ferro e tantas outras; e as quermesses no mês de junho que ficaram famosas pelo êxito de público, de finanças e da dedicação dos festeiros, sem esquecer a ajuda de Santo Antonio, é claro.
As paredes "foram subindo" e para cobertura da Igreja, o madeiramento todo em arcos - um trabalho difícil e de grande responsabilidade -, foi feito pela competente equipe de carpinteiros da Usina da Barra, chefiada pelo "mestre" Francisco Angelici. Para a colocação e fixação das peças foram necessários guindastes, também cedidos pela Usina da Barra. Em outras etapas a colocação das telhas de alumínio, a iluminação e o templo já podia abrigar os fiéis na celebração dos cultos.
No dia 11 de janeiro de 1969, um violento vendaval, "levou pelos ares" todo o telhado, destruiu o madeiramento que desabou, só deixando "de pé" as paredes e a torre da igreja.
Os fiéis atribuíram a Santo Antonio o milagre de não haver nenhuma vítima!
Recuperados do susto e da tristeza de ver por terra um trabalho de tantos anos, os "antonianos", imediatamente iniciaram novas campanhas para o reerguimento do templo, com a participação do Vigário Cônego Rubens Augusto Spinola e de toda comunidade barra-bonitense.
A nova cobertura, de estrutura metálica e telhas de alumínio foi instalada, retornando-se as atividades litúrgicas na Igreja, com aquisição dos bancos e altar,, adquiridos com os trabalhos e resultados financeiros das concorridas "quermesses", sempre conduzidas por uma Comissão de voluntários (homens, senhoras, jovens e devotos). Não destacamos nomes para não corrermos o risco de cometermos falhas. Mas todos estão, certamente, sob a proteção do milagroso Santo Antonio.
A Igreja de Santo Antonio destaca-se pela sua arquitetura e pela construção: um só altar, onde as imagens do padroeiro estão pintadas em um painel, lembrando diversas fases de sua vida e seus milagres e um enorme crucifixo de sete metros de altura (confeccionado pelo Sr. Armando Chiaramonte) preso ao teto e fixado no chão, cuja imagem de Cristo com dois metros e meio de altura (doação do Sr. Vicente Antonio Zenaro Manin em nome da "SEMAN"), impressiona como obra de arte e símbolo religioso.
Dentre as inúmeras cerimônias religiosas realizadas na Igreja de Santo Antonio, uma é lembrada com muita emoção e alegria. No dia 8 de dezembro de 1974, em missa solene, foi ordenado Sacerdote por D. Constantino Amstalden, Bispo Coadjutor da Diocese de São Carlos, o jovem José Antonio Aparecido Tozi Marques, um barra-bonitense de coração, pois para cá veio ainda muito pequeno e aqui sentiu despertar sua vocação Sacerdotal. O Padre Tozi como ficou conhecido, recebeu o carinho de toda a comunidade e dos irmãos e dos emocionados pais Sr. Antonio Marques de Toledo e D. Arminda Tozi Marques.
Em 1977 o barracão onde eram realizadas as quermesses de Santo Antonio desde 1958, foi demolido para dar lugar a um belíssimo e amplo salão de festas ao lado da Igreja.
A partir de então, os devotos começaram a trabalhar junto à sede do Bispado em São Carlos, no sentido de ser designado um Sacerdote exclusivo para a nova Igreja, e, também, ser criada a Paróquia de Santo Antonio. Para que ambas as finalidades fossem atingidas, a primeira meta foi a construção da Casa Paroquial e, mais uma vez, a fé religiosa e a determinação do Comendador Mário de Campos Costa se fazem presentes e de maneira concreta. Ele que havia doado o terreno para Igreja, doa, também, o terreno para construção da Casa Paroquial da Vila Nova, lançando-se a pedra fundamental no dia 12 de junho de 1983 com grande festa. Presentes ao ato, o Padre Júlio Wisnieski, o doador do imóvel Comendador Mario de Campos Costa, autoridades locais, populares e os devotos "antonianos".
A Igreja de Santo Antonio pertenceu à Paróquia de São José, até a criação e instalação da Paróquia de Santo Antonio, em 25 de janeiro de 1987, pelo Bispo Diocesano D. Constantino Amstalden, que designou como Pároco, o Cônego Hermes José Gaio. Na oportunidade, D. Constantino lembrou aos fiéis que o primeiro Vigário da nova Paróquia, foi ordenado em Barra Bonita, na Matriz de São José, no dia 20 de julho de 1958, data em que foi lançada a Pedra Fundamental da lgreja de Santo Antonio.
Em seguida, deu posse ao Primeiro Conselho Administrativo da Paróquia de Santo Antonio, formado pelos Srs.: Luiz Saffi, Presidente; Fernando Peraçoli (***), Vice-Presidente; Paulo Roberto Ereno, 1º Secretário; Manoel da Cunha Caldeira, 2º Secretário; Pedro Fazzio, lº Tesoureiro e Paulo Biliassi, 2º Tesoureiro.
Nota: Não por acaso, três grandes baluartes das Comissões, entre todos os que batalharam em prol da Igreja de Santo Antonio e nas obras de benemerência locais, foram distinguidos com o reconhecimento da Igreja Católica, através da concessão de Comendas e Diplomas, a saber:

(*) MÁRIO DE CAMPOS COSTA - Recebeu o título de Comendador Cavaleiro da Ordem de São Silvestre Papa, outorgado pelo Papa João Paulo II.
(**) ANTONIO FAZZIO - Recebeu o Diploma da Medalha do Mérito da Legião de Joana D'Arc, concedida pela Soberana Ordem dos Cavaleiros de São Paulo Apóstolo.
(***) FERNANDO PERAÇOLI - Recebeu o título de Comendador Cavaleiro da Ordem de São Silvestre Papa, concedido pelo Papa João Paulo II.


Missa Campal Santo Antonio - 13/06/1962


Igreja de Santo Antônio em Construção
 

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